A companheira e a irmã da vereadora do Rio Marielle Franco,
executada a tiros na semana passada na capital fluminense, participam nesta
quinta-feira (22) de sessão solene na Câmara dos Deputados que marca o Dia
Internacional do Direito à Verdade, oficialmente comemorado em 24 de março. A
sessão solene é promovida por deputados do Psol, partido ao qual a vereadora
era filiada.Anielle
Silva e Mônica Benício, irmã e esposa de Marielle, respectivamente, chegaram à
Câmara acompanhadas de parlamentares e militantes.
No
caminho até o plenário, a comitiva cruzou com o deputado Alberto Fraga
(DEM-DF), que é alvo de representação do PSOL no Conselho de Ética da Casa sob
acusação de abuso de prerrogativas asseguradas aos membros do Congresso
Nacional. Não houve reação de nenhum dos lados no encontro.
O partido
acusa Fraga, que é coordenador da chamada bancada da bala na Câmara, de quebra
de decoro por ter divulgado informações falsas sobre Marielle. Na sexta-feira,
16, ele publicou no Twitter um comentário em que apontava suposta relação entre
a vereadora e uma organização criminosa. A postagem foi removida de seu perfil
no domingo, 18, após protestos dos internautas.
Autora do
pedido para realização da sessão solene, a deputada Luiz Erundina (PSOL-SP) fez
homenagem à vereadora carioca morta na semana passada."Marielle Franco deu
sua vida pelos direitos humanos, pela liberdade democrática e igualdade dos
seres humanos no País. Marielle vive", discursou a parlamentar paulista da
tribuna do plenário da Câmara.
Erundina
afirmou que o objetivo da sessão é "denunciar a não revelação da
verdade" de pessoas assassinadas por motivos políticos. "E exigir que
se apure e se providencie na Justiça a punição aos culpados", afirmou a
deputada. De acordo
com ela, são pelo menos 434 "desaparecidos políticos" no Brasil
revelados pela Comissão Nacional da Verdade.
Câmara celebra Dia Internacional do Direito à Verdade. Marielle, que era vereadora pelo PSOL do Rio, foi assassinada a tiros na semana passada.
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